Uma moradora de Lins, interior de São Paulo, expressou sua preocupação após flagrar um escorpião carregando filhotes em sua casa. Com três picadas já registradas, Maria Vitória Ribeiro teme pela segurança de seus irmãos pequenos e denuncia uma infestação crescente da espécie nas proximidades do Rio Barbosinha.
A situação alarmante em Lins, SP, tem causado apreensão entre os moradores. Maria Vitória, de apenas 19 anos, relatou que o aparecimento de escorpiões em sua residência já é uma rotina. O flagra do escorpião com filhotes ocorreu na tarde de segunda-feira, 10 de fevereiro. "Já fui picada três vezes e tenho medo que meus irmãos, de 2 e 5 anos, sejam atacados também", afirma a jovem.
Em busca de soluções, a moradora contatou a Vigilância Sanitária, que forneceu orientações sobre cuidados preventivos. No entanto, a vigilância informou que não pode atuar nas áreas ribeirinhas, onde os escorpiões se reproduzem. A situação levou o pai de Maria Vitória e vizinhos a tentativas de combate, resultando na descoberta de 36 escorpiões em uma única verificação.
A Prefeitura de Lins reconhece o problema e ressalta que as ações de controle são realizadas durante visitas domiciliares. As medidas incluem roçadas e a criação de barreiras nas margens do rio para evitar condições favoráveis à presença dos escorpiões. Contudo, as autoridades alertam que a proliferação desses animais é mais comum em períodos de calor e umidade, como é o caso desta época do ano.
José Antônio Nobre Sant'Anna, agente endêmico, sugere medidas simples para reduzir a presença de escorpiões nas residências. "Instalar telas em ralos, vedar portas e janelas, e evitar vegetação densa são ações importantes para manter os escorpiões afastados", aconselha.
A crescente infestação de escorpiões em Lins é um alerta para a necessidade de ações preventivas mais eficazes, tanto por parte dos cidadãos quanto das autoridades locais. Enquanto a vigilância não pode intervir nas áreas ribeirinhas, a colaboração da comunidade é fundamental para garantir a segurança das famílias que vivem nas proximidades. A história de Maria Vitória destaca a urgência de se enfrentar esse problema, que pode representar um sério risco à saúde.