São Paulo – O soldado da Polícia Militar, Luan Felipe Alves Pereira, emocionou-se durante a audiência de custódia realizada no Tribunal de Justiça Militar (TJM) em 5 de dezembro de 2024. A audiência decidiu pela manutenção de sua prisão preventiva, após ele ser acusado de jogar um jovem, Marcelo Barbosa Amaral, de 25 anos, de uma ponte na zona sul de São Paulo, durante uma abordagem policial na madrugada de 2 de dezembro.
Durante o julgamento, o militar chorou e utilizou um lenço e a própria camiseta do uniforme do Presídio Militar Romão Gomes para enxugar as lágrimas. Luan alegou que sua intenção era apenas "levantar do chão" a vítima, mas sua defesa não foi aceita pelo juiz substituto Fabrício Alonso Martinez Della Paschoa. O juiz apontou “fortes indícios” de que o soldado cometeu o crime de “lesão corporal dolosa”, além de peculato e prevaricação.
Um vídeo que circula nas redes sociais mostra o momento em que Luan arremessa Marcelo da ponte, enquanto outros policiais estavam presentes e usavam câmeras corporais, o que facilitou a investigação. O relatório interno da PM omitiu a informação sobre o jovem ter sido jogado da ponte, afirmando que os policiais estavam em busca de suspeitos em um baile funk nas proximidades.
A situação gerou uma onda de indignação nas redes sociais, com muitos criticando a ação do policial e o manejo da ocorrência pela corporação. A vítima ainda não foi ouvida pelas autoridades, mas o caso segue sob investigação.
O advogado de Luan, Wanderley Alves, contestou a prisão preventiva, argumentando que o soldado estava colaborando com as investigações e não apresentava risco de fuga. Ele considerou a decisão do juiz como uma antecipação de culpa, destacando que o processo penal deve ser conduzido de forma justa e imparcial.