No último dia 22 de junho, a recém-nascida Ana Raquel faleceu com apenas 33 horas de vida no Hospital Brasília, levando seus pais, Lia de Aquino e Paulo Guimarães, a acusar a unidade de negligência médica. A família relata que a bebê, diagnosticada com Síndrome de Cimitarra e dextrocardia, não recebeu a assistência adequada em momentos críticos antes do seu falecimento.
Após o nascimento, Ana Raquel foi inicialmente colocada sob dieta zero até a realização de exames, mas uma nutricionista liberou uma pequena quantidade de leite materno e fórmula. No entanto, após receber o alimento, a bebê começou a chorar incessantemente. Segundo o pai, Paulo, o choro durou mais de 30 minutos sem que a equipe médica prestasse assistência imediata. A mãe, Lia, estava em recuperação da cesariana em outro quarto e descreveu momentos angustiantes ao chegar e encontrar sua filha em estado crítico.
Quando finalmente foram chamados para atender a situação alarmante, os profissionais se apressaram em tentar reanimar Ana Raquel, mas os esforços foram em vão. Ela faleceu devido a um choque cardiogênico e cardiopatia congênita complexa. A família acredita que uma intervenção mais rápida poderia ter alterado o desfecho trágico.
O Hospital Brasília também enfrenta acusações semelhantes relacionadas à morte de Miguel Fernandes Brandão, um jovem de 13 anos que sucumbiu após complicações de uma infecção bacteriana. Essas alegações levantam preocupações sobre os padrões de atendimento da instituição.
Os pais da recém-nascida estão processando o Hospital Brasília por danos morais e materiais, solicitando uma indenização de R$ 500 mil. Eles afirmam que não receberam suporte psicológico ou social após a perda da filha e expressam sua dor pela falta de cuidado em um momento tão delicado.
O hospital defende-se alegando que Ana Raquel não conseguiu realizar a transição adequada da circulação fetal para a circulação sanguínea fora do útero, resultando em uma parada cardíaca irreversível.