Na tarde de domingo, 1º de dezembro de 2024, um incidente trágico ocorreu em Camaragibe, Região Metropolitana do Recife, quando um policial militar foi acusado de assassinar o motociclista Thiago Fernandes Bezerra, de 23 anos. O caso se desenrolou em frente ao Condomínio Residencial Parque Real Garden, onde uma discussão sobre uma corrida de aplicativo no valor de R$7 resultou em um ato de violência fatal.
Thiago, que trabalhava como motorista de aplicativo para sustentar sua família, teve uma altercação com o sargento Venilson Cândido da Silva, de 50 anos. Testemunhas relataram que, aparentemente sob efeito de álcool, o policial iniciou uma discussão com o jovem. Após um breve confronto, Thiago desceu da moto e desafiou o PM, perguntando: "Vai fazer o quê? Vai atirar? Atira aí!" Em resposta, o sargento sacou sua arma e disparou, atingindo Thiago no peito. O jovem caiu ao chão e suas últimas palavras foram: "Ai ai, meu Jesus".
Após o crime, o sargento tentou fugir, trocando de camisa e embarcando em um ônibus na Avenida Belmiro Correia. No entanto, ele foi reconhecido por populares, que o agrediram antes de ser resgatado por uma viatura da Polícia Militar e levado ao Hospital Aristeu Chaves (CEMEC).
A morte de Thiago gerou comoção e revolta na comunidade, levando amigos e familiares a organizar um protesto na manhã de segunda-feira, 2 de dezembro. Os manifestantes bloquearam a Avenida Dr. Belmino Correia, exigindo justiça e respostas das autoridades. O ato resultou em complicações no trânsito, com passageiros de ônibus obrigados a continuar seus trajetos a pé.
O secretário de Defesa Social, Alessandro Carvalho, classificou o ato como um “crime bárbaro” e garantiu que o policial responderá por suas ações. O caso está sendo investigado, e o sargento já foi detido e deve ser expulso da corporação. A comunidade clama por justiça, enquanto a situação continua a repercutir nas redes sociais e na mídia local.