A atriz e cantora Larissa Manoela iniciou uma batalha judicial contra a gravadora Deckdisc, em busca de rescindir um contrato vitalício assinado em 2012 por seus pais, Silvana Taques e Gilberto Elias, quando ela tinha apenas 11 anos de idade. O contrato, que foi firmado enquanto os pais gerenciavam sua carreira, impede a artista de gravar músicas com outras empresas e restringe seu acesso às plataformas digitais, onde suas músicas estão disponíveis.
Segundo a advogada Patrícia Proetti, que representa Larissa Manoela no caso, o contrato é considerado abusivo e ilegal, devido à sua natureza vitalícia e à falta de prestação de contas por parte da gravadora. Em suas declarações, Proetti destacou que Larissa nunca teve acesso aos relatórios financeiros nem recebeu valores relacionados aos lucros gerados por suas músicas, mesmo somando cerca de 200 mil ouvintes mensais no Spotify.
O processo, que tramita no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, foi iniciado após a artista tentar retomar sua carreira musical. Larissa aponta dificuldades impostas pelo contrato, como a impossibilidade de migrar para outras gravadoras concorrentes. Ainda em agosto do ano passado, a atriz solicitou uma liminar com urgência, buscando acesso às suas mídias digitais e a rescisão do vínculo. No entanto, o pedido foi negado pelo juiz Mario Cunha Olinto Filho, que considerou o caso delicado e determinou a necessidade de apresentação de provas para análise.
Até o momento, nem a gravadora Deckdisc nem os pais da artista se pronunciaram sobre o caso. Larissa Manoela, por sua vez, segue lutando pela liberdade de gerenciar sua carreira musical e por seus direitos nas plataformas digitais.