Paraguaia é Presa por Prometer Emprego e Estudo a Adolescentes Estupr4das em Belford Roxo! 

Paraguaia presa por prometer emprego e estudo a adolescentes em Belford Roxo; vítimas eram abusadas e trabalhavam sem remuneração.

Por: Kauã
07/01/2025 às 09h42 Atualizada em 07/01/2025 às 13h07
 Paraguaia é Presa por Prometer Emprego e Estudo a Adolescentes Estupr4das em Belford Roxo! 
Foto-Reprodução

Na manhã de segunda-feira (6), a Polícia Federal prendeu Mercedes Lopez Sosa, uma paraguaia condenada por crimes graves, incluindo tráfico de pessoas e estupro de menor. Mercedes atraía adolescentes paraguaias com falsas promessas de emprego e educação, trazendo-as para trabalhar em uma creche improvisada em sua casa, localizada em Belford Roxo, na Baixada Fluminense.

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As jovens eram submetidas a condições de trabalho desumanas, com jornadas de 11 horas diárias sem remuneração. Após esse período exaustivo, elas enfrentavam abusos sexuais, conforme registrado em decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Mercedes e seu marido, Rodrigo Moreira de Araújo, também preso, foram condenados a 47 anos, 1 mês e 23 dias de prisão.

O ambiente na casa era extremamente controlado. As adolescentes cuidavam de mais de 15 crianças, enfrentando severas restrições, como a proibição de sair à noite ou nos finais de semana. O tempo para refeições era rígido, e qualquer contato com familiares era monitorado. Para garantir o silêncio das jovens, o casal utilizava ameaças, alegando que, por estarem em situação irregular no Brasil, elas seriam presas se denunciassem os abusos.

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Uma das adolescentes, que esteve sob o controle do casal entre outubro de 2015 e o final de 2016, relatou ter engravidado após ser estuprada. Ela foi forçada a interromper a gravidez com medicamentos, resultando em complicações graves. Essa jovem conseguiu fugir após descobrir que o casal planejava levá-la a um prostíbulo no Rio de Janeiro, sendo ajudada por clientes da creche que a encaminharam à polícia e ao consulado paraguaio.

Outra vítima, mantida na casa entre março e junho de 2017, sofreu abuso sexual por três pessoas, incluindo Rodrigo. Mesmo estando preso por violência doméstica contra Mercedes, Rodrigo continuou cometendo crimes após sua soltura. A jovem foi expulsa da casa após rejeitar uma investida de Rodrigo e encontrou abrigo com uma vizinha.

As investigações revelaram que as jovens trabalhavam na chamada "creche da Tia M", sem remuneração e com documentos retidos. Ambas as vítimas apresentaram depoimentos consistentes, reforçando a gravidade dos crimes. Em 2017, a Polícia Civil realizou a operação Coiote, que resultou na prisão temporária de Mercedes, Rodrigo, seu irmão e um vizinho, com apoio das delegacias de Atendimento à Mulher e da Criança e Adolescente Vítima.

A prisão de Mercedes Lopez Sosa e Rodrigo Moreira de Araújo evidencia a luta contínua contra o tráfico de pessoas e a exploração sexual de adolescentes. As autoridades continuam a investigar o caso e a desmantelar redes criminosas que visam a exploração de jovens vulneráveis.

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