Em um ato brutal ocorrido em 30 de junho no bairro Vicente Pizón, em Fortaleza, um adolescente de apenas 15 anos, identificado como Marco Felipe Mendes de Sousa, apelidado de “Felipe Maracajá” e reconhecido no meio do skate local, foi executado a tiros após ser acusado de integrar um grupo rival.
Segundo a Polícia Civil, o adolescente foi abordado em via pública por um grupo que confiscou seu celular. Ao inspecionarem o conteúdo, os agressores o acusaram de pertencer a uma facção adversária. Imediatamente após o interrogatório improvisado, Felipe foi perseguido até um beco próximo, onde acabou alvejado por disparos fatais.
De acordo com testemunhos, Felipe não tinha envolvimento comprovado com atividades criminosas, algo reforçado por seu pai, que lamentou a tragédia e afirmou que o filho era skatista de destaque e nunca teve qualquer conexão com facções ().
A resposta das autoridades foi rápida. Um dos suspeitos, um homem de 25 anos com histórico policial por roubos e corrupção de menor, foi preso graças à ação da Polícia Militar, que contou com o apoio do sistema de videomonitoramento. As investigações estão em andamento, conduzidas pela Polícia Civil, com foco em elucidar a motivação real do crime e localizar os demais envolvidos.
O homicídio provocou consternação na comunidade do Vicente Pizón. Moradores manifestaram medo e indignação diante do assassinato de um jovem que praticava skate e participava de competições, fora do contexto impiedoso do mundo do crime.
O caso lança luz sobre o preocupante fenômeno da justiça pelas facções, na qual acusações precárias podem resultar em mortes imediatas. As autoridades enfatizam a urgência de reforçar o monitoramento eletrónico e as ações preventivas nos bairros vulneráveis para evitar novos casos de violência motivada por suspeitas infundadas.