Na madrugada do último sábado (28/6), uma confusão em um bar na Quadra 3 de Sobradinho I, no Distrito Federal, ganhou proporções após a chegada de um policial civil à paisana — que portava arma — para intervir na situação. A briga começou entre duas mulheres, motivada por um copo de cerveja atirado, e terminou com pânico entre clientes.
Segundo relato da PMDF, cerca das 0h50, as equipes foram acionadas via 190 e por testemunhas. No local, duas mulheres estavam envolvidas em uma altercação: uma jogou bebida no rosto da outra, que reagiu com um empurrão e acabou se ferindo após cair no chão . Nesse momento, a mulher ferida chamou seu filho, o policial civil Gabriel Cavalcante Rodrigues, convocado para a PCDF em setembro de 2023.
Gabriel apareceu no bar, identificou-se como agente da polícia e sacou a arma para intervir, segundo afirmaram testemunhas. Alarmados, os seguranças imobilizaram o policial com uma gravata para impedir sua entrada no bar enquanto armado . A Polícia Militar encontrou-o ainda com a arma em punho, e ele iniciou a confusão, mas entregou-a voluntariamente às autoridades. A PM identificou que a arma estava sem munição na câmara.
Todos os envolvidos – o policial e as duas mulheres – foram levados à 35ª Delegacia de Sobradinho II para registro do incidente . A PCDF encaminhou Gabriel à Corregedoria-Geral para apuração de possível conduta inadequada, aguardando posicionamento oficial.
O episódio levanta preocupações sobre o uso de arma por servidores públicos em situações pessoais. Embora o policial tenha se identificado e entregue voluntariamente a arma, sua presença com armamento em um ambiente civil iminente gerou tensão e medo entre frequentadores. O caso também destaca o papel dos seguranças privados na contenção de conflitos, ao evitarem escalada da situação.
A ocorrência segue sob investigação das autoridades, que devem avaliar se houve excesso de autoridade ou abuso de poder. A sociedade e especialistas esperam que a apuração esclareça os limites da atuação policial fora de serviço e fortaleça protocolos para evitar que situações semelhantes voltem a ocorrer.