No último dia 27 de junho, na estação Boiúna do BRT, na Taquara (zona oeste do Rio de Janeiro), uma mulher identificada como Fernanda Paola Silva dos Santos foi detida em flagrante por injúria racial após dirigir insultos depreciativos contra um agente do programa BRT Seguro, da Secretaria de Ordem Pública (Seop).
Tudo começou quando agentes da equipe de segurança perceberam que Fernanda estava na plataforma sem pagar a passagem. Ao ser interpelada e orientada a se retirar, ela reagiu com violência verbal, recusou-se a sair e proferiu ofensas racistas e homofóbicas. Entre as expressões usadas contra o agente, destacaram-se “macaco” e “preto nojento”.
Dada a resistência e o comportamento agressivo, foi necessário o uso de algemas para contê-la e conduzi-la com segurança até a 32ª Delegacia de Polícia, onde continuou a proferir ofensas raciais durante o trajeto . Após registro da ocorrência, ela permaneceu presa por injúria racial, conforme previsto no ordenamento jurídico, que pune crimes de discriminação com prisão em flagrante.
O caso evidencia a persistência do racismo em espaços públicos e a necessidade de ações firmes no combate à discriminação. A atuação do BRT Seguro demonstra que agentes de transporte coletivo também têm papel fundamental na garantia de respeito e segurança aos funcionários e usuários.
Além da repressão imediata, o episódio reforça a urgência de políticas preventivas: é essencial ampliar a conscientização e treinamento de profissionais para lidar com situações de ódio, assim como medidas educativas voltadas ao público para prevenir episódios semelhantes. A consolidação de canais de denúncia ágeis e eficientes também se mostra fundamental para reduzir a impunidade e reforçar a cultura de tolerância.