O que começou como uma pacífica interação na academia de Lages (SC), na noite de 23 de junho, rapidamente se transformou em crime. Um aluno armado abriu fogo contra um personal trainer durante uma disputa por um equipamento; por sorte, um policial penal que treinava no local reagiu, atirou contra o agressor e impediu uma tragédia maior.

Testemunhas relatam que a discussão surgiu por causa de um aparelho utilizado simultaneamente por dois alunos. O agressor, conhecido por comportamento agressivo e com antecedentes policiais, agrediu verbal e fisicamente um outro cliente  . O personal interveio para separar a briga, mas acabou se tornando alvo do atirador.

Deixando a academia inicialmente, o homem retornou armado com uma pistola calibre .22. Ele disparou contra o personal, atingindo sua perna  . Nesse momento, o policial penal presente sacou sua arma particular e alvejou o agressor, neutralizando a ameaça e evitando danos a outros frequentadores.

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e a Polícia Militar foram acionados. O personal foi socorrido e já recebeu atendimento – passa bem  . O agressor foi levado ao Hospital Nossa Senhora dos Prazeres, permanece sob custódia e em estado estável.

O caso está sendo tratado como tentativa de homicídio. A conduta do policial penal será analisada sob a ótica da legislação sobre legítima defesa. O autor do ataque, além de responder por agressão prévia dentro da academia, deverá enfrentar acusações relacionadas ao disparo com arma de fogo em local público.

O episódio em Lages chama atenção para como conflitos aparentemente banais em ambientes públicos podem se transformar em situações de risco extremo. A presença de um policial penal treinando naquele momento foi determinante para conter a escalada de violência. O caso segue sendo investigado e traz alerta sobre a necessidade de protocolos mais rígidos de segurança nas academias.