O anestesista Giovanni Quintella Bezerra foi condenado nesta segunda-feira (9) a 30 anos de prisão em regime fechado. Ele foi julgado pela 2ª Vara Criminal de São João de Meriti, no Rio de Janeiro, por estuprar mulheres sedadas durante partos cesarianos.
A condenação ocorreu após a divulgação de um vídeo que mostrava o anestesista abusando sexualmente de uma paciente durante o procedimento no Hospital da Mulher Heloneida Studart, na Baixada Fluminense. A gravação foi feita por colegas de equipe médica, que suspeitaram do comportamento do profissional.
A defesa tentou, sem sucesso, garantir o direito de Giovanni recorrer em liberdade. O juiz responsável pelo caso destacou que a prisão é necessária para a proteção da sociedade, considerando a gravidade dos atos, a frieza na execução dos crimes e o risco de que ele volte a cometer abusos.
O Ministério Público apontou que o médico apresentava sinais de descontrole sexual e perfil de alto risco. O Conselho Regional de Medicina já havia cassado seu registro profissional de forma definitiva.
A sentença marca um desfecho importante para um dos casos mais chocantes envolvendo abuso sexual dentro de unidades hospitalares no país. O caso continua gerando forte repercussão e serviu como alerta para protocolos de segurança em hospitais públicos e privados.