Empresária é morta em ritual brutal após ex-marido pedir ajuda a pai de santo para evitar divisão de bens
O assassinato cruel da empresária Indiana Geraldo Tardett chocou o Brasil. Quatro anos após o crime, os três envolvidos — incluindo o ex-companheiro da vítima e um sacerdote de candomblé — foram condenados a mais de 60 anos de prisão. O crime aconteceu em 2021, em Lucas do Rio Verde (MT), e foi motivado pela disputa de bens do casal.
Indiana era sócia do ex-marido Cláudio Valadares dos Santos em uma empresa de manutenção de aeronaves. Após o fim do relacionamento, Cláudio não aceitava dividir os bens e buscou ajuda espiritual com o “Pai Baiano”, Márcio Andrade dos Santos.
Segundo a acusação do Ministério Público, Cláudio usou a frase: “Tem que colocar Indiana no caldeirão do Satanás”. O plano foi colocado em prática com a ajuda de Jucilene Batista Rodrigues, ligada ao grupo religioso. Eles atraíram Indiana até uma casa sob o pretexto de um “ritual de reconciliação”. Lá, ela foi atacada com um facão artesanal. O primeiro golpe, desferido por Márcio, atingiu a cabeça da vítima, seguido por cortes no pescoço e punho que causaram sua morte.
O crime ocorreu poucos dias após Indiana registrar boletim de ocorrência contra o ex-companheiro e solicitar uma medida protetiva.
Durante o julgamento, os três acusados foram condenados por feminicídio qualificado e fraude processual. O promotor Samuel Telles Costa afirmou que os réus tentaram desviar o foco da investigação alegando intolerância religiosa.
O caso terminou com a condenação de Cláudio (24 anos de prisão), Márcio “Pai Baiano” (18 anos) e Jucilene (21 anos). A Justiça considerou o crime como brutal, premeditado e motivado por ganância. Os três permanecerão presos, sem direito de recorrer em liberdade. A condenação foi recebida como alívio pela família da vítima, que aguardava justiça há 4 anos