Lula reage e peita Trump após ofensiva contra Moraes: “Que história é essa?”

Após carta dos EUA contra Moraes, Lula reage com críticas a Trump e acusa os americanos de quererem julgar o Brasil.

Por: Redação
03/06/2025 às 02h00 Atualizada em 03/06/2025 às 08h34

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reagiu duramente, neste domingo (1º), à carta enviada pelo governo dos Estados Unidos ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Durante discurso na convenção nacional do PSB, Lula criticou diretamente Donald Trump e repudiou o que chamou de tentativa de intimidação ao Judiciário brasileiro.

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A carta, revelada pelo jornal The New York Times, foi enviada pelo Departamento de Justiça dos EUA. O texto repreende Moraes por ter ordenado o bloqueio de contas da plataforma Rumble, usada por figuras da extrema direita e com sede nos Estados Unidos. O governo americano alegou que a ordem violaria sua jurisdição.

No evento político, Lula defendeu Moraes e atacou a postura do governo Trump. “Os EUA querem processar o Alexandre de Moraes porque ele quer prender um cara brasileiro que está lá nos EUA fazendo coisa contra o Brasil o dia inteiro. Que história é essa?”, disse o presidente. “Eles fazem tanta barbaridade, tanta guerra, matam tanta gente… Por que vão querer criticar o Brasil?”

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Além da carta, o Departamento de Estado norte-americano anunciou uma nova política para restringir vistos de autoridades estrangeiras acusadas de censura, o que pode atingir o próprio Moraes. O senador Marco Rubio indicou que o ministro brasileiro está entre os possíveis alvos da medida.

Nos bastidores, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), atualmente nos EUA, tem articulado com aliados de Trump para que sanções sejam aplicadas contra Moraes. Ele pede que o ministro seja enquadrado na Lei Magnitsky, usada contra violações de direitos humanos.

A polêmica gira em torno da resistência de algumas plataformas digitais, como Rumble e X (ex-Twitter), em cumprir ordens judiciais brasileiras. Moraes é figura central em investigações que envolvem a tentativa de golpe em 2022, a disseminação de fake news e ataques ao sistema eleitoral.

A resposta do presidente brasileiro evidencia o aumento da tensão entre os dois países e reacende o debate sobre soberania digital, liberdade de expressão e interferência internacional.

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