Um crime chocante abalou a pequena cidade de Angelândia, em Minas Gerais, onde um recém-nascido foi encontrado em estado crítico, abandonado e com sinais de brutalidade, incluindo amputações de um pé e parte da orelha. O bebê, que não sobreviveu, estava sob cuidados intensivos e gerou uma onda de comoção na comunidade.
O bebê do sexo masculino foi localizado por moradores em um terreno baldio no bairro Vila Nova no último sábado, 19 de abril. Ele foi imediatamente levado ao Hospital João XXIII, em Belo Horizonte, onde permaneceu internado em estado gravíssimo até sua morte na manhã de quarta-feira, 23 de abril. A prefeitura local anunciou que custeará todas as despesas relacionadas ao sepultamento, buscando garantir uma despedida digna para a criança.
As investigações revelaram que a mãe do bebê, uma adolescente de apenas 16 anos, escondeu sua gravidez e foi apreendida sob a acusação de tentativa de homicídio qualificado. Os avós maternos, uma mulher de 36 anos e seu companheiro de 39, também foram presos em flagrante e se encontram detidos no presídio de Capelinha.
Testemunhas relataram ter ouvido choros de bebê na noite anterior ao resgate, levantando suspeitas sobre a gestação da jovem. Dois vizinhos que encontraram o recém-nascido relataram que ele estava sendo atacado por cães, e notaram que a avó e o padrasto da adolescente estavam presentes, mas não intervieram para ajudar.
Durante a abordagem policial, a adolescente inicialmente negou ter dado à luz, alegando usar uma cinta para afinar a cintura. No entanto, exames médicos confirmaram que ela havia passado por um parto recente, com evidências de lacerações e presença de sangue.
A brutalidade desse caso levanta questões sérias sobre a proteção de crianças e a responsabilidade dos adultos em suas vidas. O Ministério Público agora examina a situação e decidirá sobre a internação provisória da mãe, enquanto os outros envolvidos aguardam o desenrolar das investigações. A tragédia gerou um clamor por justiça e por ações que previnam a violência contra os mais vulneráveis.