Na tarde de hoje, um ambulante de origem senegalesa foi baleado e morreu após uma abordagem da Polícia Militar na Rua Joaquim Nabuco, no Brás, região central de São Paulo. O incidente gerou revolta entre comerciantes e colegas de trabalho, resultando em protestos que foram reprimidos pela PM com bombas de gás.
O vendedor ambulante foi atingido durante uma ação de fiscalização da PM em apoio a uma operação da Prefeitura contra o comércio irregular. Testemunhas afirmam que o ambulante reagiu à abordagem, agredindo um policial com uma barra de ferro, o que levou ao disparo. Imagens do momento mostram o confronto, onde o ambulante tenta proteger seu carrinho de mercadorias e, ao ser atingido por um cassetete, responde com a barra, resultando no disparo da arma.
Após ser baleado, o homem ainda tentou escapar, mas caiu e foi socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), sendo levado a um hospital, onde não resistiu aos ferimentos.
A morte do ambulante provocou protestos imediatos na área, com outros vendedores e comerciantes exigindo justiça. A PM utilizou bombas de efeito moral para dispersar os manifestantes, enquanto o policiamento foi intensificado na região.
A identidade da vítima ainda não foi divulgada, mas a Polícia Civil iniciou uma investigação para apurar as circunstâncias do disparo e verificar se houve uso excessivo da força. Em resposta ao caso, a Polícia Militar informou que um Inquérito Policial Militar foi instaurado e o agente envolvido foi afastado das atividades operacionais.
A morte do ambulante senegalês levanta questões sérias sobre a atuação da polícia em operações de fiscalização e o tratamento dado a vendedores ambulantes nas ruas de São Paulo. A comunidade clama por justiça e por mudanças nas práticas policiais, evidenciando a necessidade de um debate mais amplo sobre direitos e segurança.