A morte de Vitória Regina, uma adolescente de apenas 17 anos, ganhou novos contornos após a conclusão do laudo do Instituto Médico Legal (IML) de São Paulo. O relatório revela detalhes alarmantes que não apenas confirmam a brutalidade do crime, mas também levantam questões inquietantes sobre segurança e violência no Brasil.
Vitória foi encontrada morta em um matagal em Cajamar, na região metropolitana de São Paulo, no dia 5 de março de 2025, após ter desaparecido durante uma semana. O laudo do IML, obtido com exclusividade, aponta como causa da morte uma hemorragia intensa provocada por um corte profundo em seu pescoço. O documento esclarece que a jovem sofreu um choque hipovolêmico, uma condição crítica em que o coração não consegue bombear sangue de forma eficaz devido à grande perda de sangue.
O ferimento que causou a hemorragia não foi feito no local onde o corpo foi encontrado, uma revelação que sugere uma cena do crime muito mais complexa do que inicialmente imaginado. Além disso, o laudo indica que Vitória pode ter sido vítima de violência sexual, uma vez que suas mãos estavam envoltas em plástico filme, possivelmente para evitar que evidências fossem deixadas para trás.
A investigação já resultou na prisão de Maicol Sales dos Santos, um dos principais suspeitos, que teve seu veículo encontrado na área onde Vitória foi levada. O carro apresentava vestígios de sangue, e a polícia acredita que ele mentiu durante os depoimentos. Outros dois suspeitos, incluindo o ex-namorado de Vitória, também estão sob investigação, mas até o momento, a Justiça não autorizou a prisão deles devido à falta de provas concretas.
Os peritos estão agora em busca de material genético que possa levar à identificação dos agressores, e a análise do sangue encontrado no carro continua. As autoridades prometem que todos os laudos adicionais serão entregues até a próxima segunda-feira, 17 de março, para que a verdade sobre a morte de Vitória seja revelada.
A trágica morte de Vitória Regina é um lembrete doloroso da violência que muitas mulheres enfrentam diariamente. Enquanto a investigação avança, a esperança é que a justiça prevaleça e que os responsáveis por esse crime hediondo sejam punidos. Este caso não apenas clama por respostas, mas também por uma reflexão mais profunda sobre a segurança e os direitos das mulheres em nossa sociedade.
