A médica paraense Lana Tiani Almeida da Silva sofreu uma dura punição após gerar polêmica nas redes sociais com declarações que colocaram em risco a saúde de muitas mulheres. Desde o dia 20 de fevereiro, Lana está proibida de exercer a medicina por um período de seis meses, conforme decisão do Conselho Federal de Medicina (CFM). A medida, conhecida como Interdição Cautelar Médica, visa proteger tanto os pacientes quanto o próprio médico de práticas consideradas inseguras.
A controvérsia começou em outubro de 2024, quando Lana publicou um vídeo no Instagram afirmando que o câncer de mama "não existe" e que a mamografia, um exame crucial para o diagnóstico precoce da doença, causava inflamações graves. Essas afirmações, amplamente repudiadas por especialistas e entidades médicas, rapidamente geraram revolta e preocupação na comunidade de saúde.
A repercussão negativa foi imediata. O Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR) não hesitou em agir, entrando com um pedido na Justiça do Pará. Em novembro, a Justiça determinou que a médica removesse os conteúdos enganosos de suas redes sociais, sob pena de multa diária de R$ 1.500 por descumprimento. Em resposta à pressão, Lana apagou os vídeos e tornou sua conta privada, mas os danos à sua reputação já estavam feitos.
Atualmente, todos os perfis sociais de Lana foram excluídos, e o impacto de suas declarações continua a reverberar. O Instituto Nacional do Câncer (Inca) alerta que o câncer de mama é o tipo mais comum entre as mulheres brasileiras, com mais de 73 mil novos casos estimados anualmente. No estado do Pará, foram registrados 1.020 novos casos entre 2023 e 2025, o que torna as declarações da médica ainda mais preocupantes.
Esse incidente não apenas destaca a importância da informação correta na área da saúde, mas também a responsabilidade que médicos e influenciadores têm ao compartilhar conteúdo em plataformas públicas. O diagnóstico precoce do câncer de mama é vital e pode aumentar significativamente as chances de cura. A desinformação pode ter consequências trágicas, levando mulheres a evitar exames cruciais.
A suspensão de Lana Tiani é um chamado à ação para todos os profissionais de saúde: a verdade deve sempre prevalecer, e a ética na medicina é inegociável. Espera-se que essa situação sirva de alerta para outros profissionais sobre a importância de disseminar informações corretas e confiáveis.
A história de Lana Tiani Almeida da Silva é um exemplo claro das consequências que a desinformação pode ter na saúde pública. Enquanto a médica reflete sobre suas ações, o público deve estar atento ao que consome nas redes sociais, especialmente quando se trata de saúde. A verdade deve sempre ser priorizada, pois vidas podem estar em jogo.