A plataforma de compartilhamento de vídeos Rumble está em festa após uma decisão favorável da Justiça dos Estados Unidos, que a desobriga de seguir as ordens do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) brasileiro. A decisão foi anunciada nesta terça-feira (25) e representa um marco significativo na luta da empresa pela liberdade de expressão.

Em um comunicado oficial, o CEO da Rumble, Chris Pavlovski, expressou alívio e satisfação com a decisão da juíza Mary S. Scriven, do Tribunal para o Distrito Médio da Flórida. A juíza determinou que as ordens de censura emitidas por Moraes não possuem força legal nos EUA, reafirmando o direito da plataforma de operar sem interferências estrangeiras. A Rumble, que já havia sido suspensa no Brasil após descumprimento de ordens judiciais, vê nesta decisão uma afirmação clara de que a liberdade de expressão deve prevalecer.

O caso teve início quando a Rumble e a Trump Media & Technology Group (TMTG) processaram Moraes, alegando censura. O tribunal destacou que as diretivas do ministro brasileiro não foram adequadamente notificadas, segundo as normas internacionais, incluindo a Convenção de Haia e o Tratado de Assistência Jurídica Mútua entre os dois países. Com isso, fica claro que a Rumble não tem obrigações de seguir essas exigências.

A plataforma interpretou a decisão como uma vitória não apenas para si, mas para todas as empresas norte-americanas, enviando uma mensagem forte de que tentativas de censura por governos estrangeiros não serão toleradas. Isso marca um ponto crucial no debate sobre a soberania digital e a proteção da liberdade de expressão na era da informação.

A vitória da Rumble na Justiça dos EUA destaca a crescente tensão entre plataformas digitais e autoridades governamentais. À medida que a luta pela liberdade de expressão avança, fica evidente que a resistência contra a censura continuará a ser um tema central nas discussões sobre direitos digitais.