(PMDB), prestou novo depoimento para o delegado Paulo Nogueira, presidente do
inquérito que investiga a morte de Fernanda Lages. O político passou quase duas
horas na sede da Comissão Investigadora do Crime Organizado (Cico).
Cabelouro é tio de Pauliene, uma menor que dividia apartamento com
Fernanda. O delegado questionou se o peemedebista forçou a sobrinha a alterar
depoimento concedido à Cico.
A
jovem disse à polícia ter reconhecido, através de fotos publicas nos jornais, o
engenheiro Jivago Castro como um homem apresentado a ela por Fernanda Lages.
Depois, alterou o depoimento, afirmando não ter lembrança da fisionomia e do
rosto do acompanhante da amiga.
A menor prestava o segundo depoimento
quando recebeu uma ligação do tio. No telefonema, Cabelouro perguntava o nome
completo da jovem para efetuar a compra de uma passagem de ônibus para
Fortaleza. Ele admite. “A menina não tava bem e a mãe me pediu ajuda para mandar
ela para Fortaleza, para passar uns dias na casa de uma tia. Eu liguei só pra
perguntar o nome dela completo”, confirma.
Entretanto, o ex-deputado nega
ter influenciado o depoimento da sobrinha. Afirmando ser amigo da família de
Fernanda, ele manifestou o desejo que o caso seja elucidado. Cabelouro acredita
que a estudante foi assassinada e que “essa história” de encobrir crime é
“cultura do passado”. “Hoje em dia todo mundo paga pelos crimes que comete, seja
rico ou pobre”, diz.
Costa
Foto: Marcelo
Cardoso